segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Um palhaço no meu ônibus

Não entendo a pressa dos jovens
Que têm a vida toda pela frente
E ainda sim teimam em correr.
Não entendo a frieza dos arrogantes,
A maneira como eles vivem,
Os corações que eles despedaçam.
Não entendo a desconsideração dos brutos,
Que não aprenderam a ver beleza na fragilidade,
Destroem flores, amassam folhas.
Não entendo a alma dos insensíveis,
Que não sorriem pras crianças,
Não dão lugares aos idosos.
Não entendo o empurra-empurra do metrô,
Nem entendo o por que da fome,
Ou a razão da guerra.
Não entendo a mágoa dos imperdoáveis,
Nem a rispidez dos ignorantes
Entendo menos ainda de ganância.
E de ruindade não entendo nada,
Seja o bem, seja o mal,
Seja o melhor que puder ser.
Um dia as pessoas que não entendo
Irão entender a importância da honra,
Do respeito e das gentilezas.
Vão entender que se fechando não se vive,
Devemos todos amar e deixar amar,
Deixar o destino nos engolir feito onda.
E esperar, ter todo dia uma nova esperança,
De ver um amanhã diferente, pois a beleza esta escondida,
Em todas esquinas e filas de banco, o mundo é bom.

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